quarta-feira, 30 de setembro de 2009

BONDADE

Tem uma música do Gilberto Gil chamada
 "cada tempo em seu lugar", que tem umas frases muito interessantes.


Uma delas é:
"preciso me livrar do ofício
de ter que ser sempre bom.
Bondade pode ser um vício, levar a lugar nenhum..."

Eu não estou aqui dizendo
que a bondade é coisa que não vale a pena...
Eu sempre acreditei que as pessoas nascem boas.
Mas acho que bondade é coisa que a gente cultiva.
Ou não.

E no correr da vida,
tem gente que opta por não ser bom
ou simplesmente não conhece a bondade
como nós a entendemos.

Mas é difícil mesmo definir o que é bondade.
Eu tenho a intuição que bondade é
basicamente nos sentirmos bem.

A bondade deve ser praticada
quando o espírito pede, quando a alma fica alegre.

Bondade não é dar dinheiro pra orfanato, pra asilo...
Isso é caridade.
E até a caridade é algo que tem que vir do desejo do coração,
jamais da obrigação social.

Aí eu cheguei à conclusão
de que a bondade está em coisas simples:
No nosso amor próprio,
na firmeza das nossas atitudes,
na paciência,
na compreensão...

A bondade está em ver as coisas
do jeito mais otimista possível,
porque o pessimista fica mau diante da vida.

Maldade, pra mim, é fazer gentilezas forçadas,
elogios falsos,...
É ter desejos duvidosos...

A maldade geralmente vem enfeitada de promessas
que nunca vão se cumprir. E quer saber do que mais?
Fazer o mal dá um trabalho...
Maldade envelhece e cansa.

Às vezes um gesto brusco,
um olhar torto,
um palavrão raivoso
podem nos transformar
momentaneamente
em pessoas más...

Aí, a diferença está em perceber
o erro e ser humano o suficiente para pedir perdão.
E por falar em perdão,
tem outra frase que é de fazer pensar nessa música do Gil:
"a bondade, quando for bom, ser bom...
A justiça, quando for melhor...
E o perdão... Se for preciso perdoar..."
Tudo de bom pra você!

(Ana Maria Braga)

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